quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Risco de amputação da cachorra que teve pele da pata colada com Super Bonder é pequeno



Assista ao vídeo com a reportagem original:

O médico veterinário responsável agora pelos cuidados da cachorra que teve a pele colada em São Manuel, no interior de São Paulo, disse que risco de amputação é pequeno, pois o animal está evoluindo bem ao tratamento.
A poodle Radija teve a pele colada em um procedimento que, segundo o primeiro veterinário que a dona do animal procurou, seria necessário para imobilizar uma patinha quebrada. Airton Ribeiro Romão afirmou que o procedimento funciona e que já teria usado a mesma técnica em um cabrito e um passarinho, que se recuperaram bem. "O problema foi que a dona do animal descolou a pele antes do tempo de recuperação. Ela deveria ter esperado 30 dias, quando o ferimento estaria praticamente curado", completou Romão.
A dona da cachorra, Kelly Padovan, disse que deu banho em Radija porque ela não parava de chorar e não comia mais. "O pelo e pele da região onde havia sido colocada a cola caíram, o que deixou a cachorra mais ferida", afirmou. Ela então procurou outro profissional. 
Após o procedimento, a cadela foi examinada pelo veterinário Sérgio Ricardo Massarelli Targa. Ele explicou que a Radija teve uma dermatite, uma inflamação da pele onde a cola foi aplicada, e o risco era que a situação ficasse mais grave e atingisse o osso, o que poderia levar a amputação.
“Nós ficamos preocupados porque ela chegou aqui com uma dermatite muito grave, mas, felizmente, estamos tratando e cachorra está bem melhor. Hoje (quinta-feira) ela esteve no consultório e já está conseguindo andar, comer e até latiu, o que significa que a dor melhorou”, destacou o veterinário.
Targa explicou que tirou uma radiografia da cadela e a medicou com antibiótico. “Ela está reagindo bem ao tratamento, amanha (sexta-feira) vamos retirar a tala que está na pata quebrada e ver como está a pele no local. Se estiver tudo bem, trocaremos a tala para tratar da fratura, se não temos que cuidar da inflamação na pele primeiro para depois tratar do osso e fazer tudo para que ela não se espalhe”.  Apesar de ser um caso complicado, o veterinário acredita que a cadela vai se recuperar.
Investigação 
Os proprietários da cachorra registraram um boletim de ocorrência contra o veterinário Airton Ribeiro Romão e Polícia Civil vai investigar o caso. De acordo com o delegado José Mario Toniato, responsável pelas investigações, se for comprovada a negligência do profissional ele poderá responder criminalmente por maus tratos.
A ocorrência foi encaminhada também ao Conselho Regional de Medicina Veterinária. A delegada regional Maria Lúcia de Souza afirmou que o fato será levado à sede do conselho em São Paulo e os proprietários do animal e o veterinário serão ouvidos. “Somente depois de apurados os fatos, o veterinário será julgado pelos conselheiros e, se comprovada a negligência, ele pode ser advertido ou até ter suspenso o exercício da profissão”, completou.
A Faculdade de Medicina Veterinária da Unesp também foi consultada em relação ao procedimento. Em nota, a universidade afirmou que existem estudos sobre o uso da cola instantânea em fraturas e ferimentos, mas os resultados ainda são controversos. O hospital afirmou ainda que não adota o procedimento nos atendimentos realizados no local.
Fonte: G1



Blog do Johnnyon

Um comentário:

  1. esse cara não deveria mais poder exercer a profissao, mais nao mesmooo!!!

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