Blog do Johnnyon
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
No Vietnã ladrões agridem e até matam tutores para roubar cães e vendê-los a restaurantes
A carne de
cão é considerada uma iguaria no Vietnã e está presente nos menus mais
especiais, principalmente no Norte do país, e em restaurantes especializados em
churrascos de cão, preparados no fim de cada fase lunar e comidos para espantar
a má sorte. Mas a tradição não é bem vista por quem vê o seu animal de
estimação desaparecer do quintal.
A Associated
Press (AP) noticia hoje uma onda de violência que surgiu no país contra os
ladrões especializados em roubar cães para vender a mercados e restaurantes
para carne. A agência publica a história contada por Nguyen Van Cuong, um
residente local que viu o seu cão ser roubado.
Ouviu um
vizinho gritar "Ladrão! Ladrão!" e Cuong correu com ele, em vão,
atrás da moto onde viajavam os dois ladrões que agarraram o seu cão
"Black" em andamento. Um dos raptores atirava tijolos à medida que
avançava na rua, acabando por acertar na cabeça de um transeunte, matando-o.
Estes criminosos usam tudo o que tiverem à mão, incluindo flechas, pra se
defenderem dos donos dos cães.
Situações
semelhantes têm surgido em todo o país, visto que a polícia pouco faz para
perseguir estes raptores, levando a população local a agir de forma
independente do sistema judicial. Multidões têm perseguido os ladrões e muitos
foram espancados até à morte.
Um cão pode
valer um salário
Um cão vivo
em Hanói vale cerca de 4,5 euros o quilo, o que significa que um cão de 20
quilos pode ser vendido por mais de 90 euros, o que equivale a um mês de
salário médio para um trabalhador vietnamita.
Tran The
Thieu, o chefe da polícia da aldeia Hung Dong, na província de Nghe Na no
centro do país, explica que "os ladrões de cães estão cada vez mais
agressivos - roubam cães em plena luz do dia". Thieu confessa que "as
pessoas estão com muita raiva e que os ladrões raramente são presos. A maioria
dos donos nem se dá ao trabalho de chamar a polícia."
O número de
restaurantes com carne de cão como especialidade cresceu exponencialmente em
Hanói, ao mesmo tempo que o Vietnã se transformou numa das economias de mais
rápido crescimento da Ásia. Mas, tal como explica a AP, à medida em que a
inflação sobe, os vietnamitas inventam formas mais criativas de ganhar
dinheiro.
Os cães
passeiam livremente, por isso, são alvos fáceis para os ladrões, que muitas
vezes os imobilizam atirando objetos pesados, usando armas de arremesso,
flechas, ou armas de eletrochoque para atordoar os animais. No sul da província
de Soc Trang, dois homens entregaram-se à polícia no dia 26 de setembro por
terem assassinado o dono de um cão enquanto este os perseguia.
Polícia
multa ladrões e deixa-os seguir
Em junho
passado, um raptor de cães foi perseguido e espancado até a morte por uma
multidão que, em seguida, incendiou o seu corpo, deixando os restos
carbonizados na beira da estrada como aviso. Sete residentes da aldeia Hung
Dong foram feridos em outros incidentes em que perseguiam os ladrões que se
defendiam com facas e garrafas partidas.
O
tenente-coronel Ho Ba Vo, vice-chefe de investigação na província de Nghe An, diz ao jornal local Thanh Nien que
os residentes se queixam que "a polícia multa estes criminosos e deixa-os
seguir. E é verdade. Um ladrão só enfrenta acusações criminais quando a
propriedade envolvida vale pelo menos dois milhões de dong (cerca de 72 euros).
A maioria dos cães valem muito menos que isso, portanto, o ladrão só enfrenta a
multa por tentativa de roubo."
E este
comércio ilegal atravessa fronteiras. A tradição de comer esta carne também é
popular em partes da China, da Coreia do Sul e das Filipinas, apesar da
resistência dos defensores dos animais. No mês passado, no norte da Tailândia,
a polícia prendeu dois homens que tentavam contrabandear 120 cães metidos em
sacos. Em agosto, também na Tailândia, 1.800 cães foram encontrados doentes,
fechados dentro de jaulas pequenas, dentro de um caminhão. Foram confiscados
mas metade morreu no mesmo dia, segundo a imprensa local.
Animais
torturados antes de serem mortos
Os animais
são transportados de moto, amontoados em caixas minúsculas. São deixados em
jaulas sem condições para o número de animais que suportam. São espancados,
alimentados à força, mortos, esfolados e fritos. Podem ser vistos pendurados
por fios em mercados com a cauda esticada e os dentes à mostra. Os pratos mais
apreciados são grelhados e sopas com pasta de camarão picante. Segundo a AP, a
carne de cão tem um sabor e uma textura parecidos com o da carne de veado.
Os
vietnamitas têm opiniões opostas sobre os animais de estimação. A maioria cuida
dos seus animais mas não ao ponto de os considerarem parte da família, como
acontece no ocidente. Mas isso está a mudar. "É possível testemunhar a
convergência de duas tendências," disse à AP Lucius Robert, fundador da
Kairos Coalition, associação que promove o tratamento humano dos animais de
estimação.
Cuong, cujo
cão "Black" foi vendido por 34 euros, segundo informou a polícia,
estima ter perdido 10 animais para os ladrões especializados e promete que
"se apanho algum, espanco-o". Questionado pela AP sobre se seria
capaz de comer um dos seus cãos, abanou a cabeça negativamente com muita
determinação. Mas come carne de cão. "Se quiser, vou a um restaurante".
A carne de
cão é considerada uma iguaria no Vietnã e está presente nos menus mais
especiais, principalmente no Norte do país, e em restaurantes especializados em
churrascos de cão, preparados no fim de cada fase lunar e comidos para espantar
a má sorte. Mas a tradição não é bem vista por quem vê o seu animal de
estimação desaparecer do quintal.
A Associated
Press (AP) noticia hoje uma onda de violência que surgiu no país contra os
ladrões especializados em roubar cães para vender a mercados e restaurantes
para carne. A agência publica a história contada por Nguyen Van Cuong, um
residente local que viu o seu cão ser roubado.
Ouviu um
vizinho gritar "Ladrão! Ladrão!" e Cuong correu com ele, em vão,
atrás da moto onde viajavam os dois ladrões que agarraram o seu cão
"Black" em andamento. Um dos raptores atirava tijolos à medida que
avançava na rua, acabando por acertar na cabeça de um transeunte, matando-o.
Estes criminosos usam tudo o que tiverem à mão, incluindo flechas, pra se
defenderem dos donos dos cães.
Situações
semelhantes têm surgido em todo o país, visto que a polícia pouco faz para
perseguir estes raptores, levando a população local a agir de forma
independente do sistema judicial. Multidões têm perseguido os ladrões e muitos
foram espancados até à morte.
Um cão pode
valer um salário
Um cão vivo
em Hanói vale cerca de 4,5 euros o quilo, o que significa que um cão de 20
quilos pode ser vendido por mais de 90 euros, o que equivale a um mês de
salário médio para um trabalhador vietnamita.
Tran The
Thieu, o chefe da polícia da aldeia Hung Dong, na província de Nghe Na no
centro do país, explica que "os ladrões de cães estão cada vez mais
agressivos - roubam cães em plena luz do dia". Thieu confessa que "as
pessoas estão com muita raiva e que os ladrões raramente são presos. A maioria
dos donos nem se dá ao trabalho de chamar a polícia."
O número de
restaurantes com carne de cão como especialidade cresceu exponencialmente em
Hanói, ao mesmo tempo que o Vietnã se transformou numa das economias de mais
rápido crescimento da Ásia. Mas, tal como explica a AP, à medida em que a
inflação sobe, os vietnamitas inventam formas mais criativas de ganhar
dinheiro.
Os cães
passeiam livremente, por isso, são alvos fáceis para os ladrões, que muitas
vezes os imobilizam atirando objetos pesados, usando armas de arremesso,
flechas, ou armas de eletrochoque para atordoar os animais. No sul da província
de Soc Trang, dois homens entregaram-se à polícia no dia 26 de setembro por
terem assassinado o dono de um cão enquanto este os perseguia.
Polícia
multa ladrões e deixa-os seguir
Em junho
passado, um raptor de cães foi perseguido e espancado até a morte por uma
multidão que, em seguida, incendiou o seu corpo, deixando os restos
carbonizados na beira da estrada como aviso. Sete residentes da aldeia Hung
Dong foram feridos em outros incidentes em que perseguiam os ladrões que se
defendiam com facas e garrafas partidas.
O
tenente-coronel Ho Ba Vo, vice-chefe de investigação na província de Nghe An, diz ao jornal local Thanh Nien que
os residentes se queixam que "a polícia multa estes criminosos e deixa-os
seguir. E é verdade. Um ladrão só enfrenta acusações criminais quando a
propriedade envolvida vale pelo menos dois milhões de dong (cerca de 72 euros).
A maioria dos cães valem muito menos que isso, portanto, o ladrão só enfrenta a
multa por tentativa de roubo."
E este
comércio ilegal atravessa fronteiras. A tradição de comer esta carne também é
popular em partes da China, da Coreia do Sul e das Filipinas, apesar da
resistência dos defensores dos animais. No mês passado, no norte da Tailândia,
a polícia prendeu dois homens que tentavam contrabandear 120 cães metidos em
sacos. Em agosto, também na Tailândia, 1.800 cães foram encontrados doentes,
fechados dentro de jaulas pequenas, dentro de um caminhão. Foram confiscados
mas metade morreu no mesmo dia, segundo a imprensa local.
Animais
torturados antes de serem mortos
Os animais
são transportados de moto, amontoados em caixas minúsculas. São deixados em
jaulas sem condições para o número de animais que suportam. São espancados,
alimentados à força, mortos, esfolados e fritos. Podem ser vistos pendurados
por fios em mercados com a cauda esticada e os dentes à mostra. Os pratos mais
apreciados são grelhados e sopas com pasta de camarão picante. Segundo a AP, a
carne de cão tem um sabor e uma textura parecidos com o da carne de veado.
Os
vietnamitas têm opiniões opostas sobre os animais de estimação. A maioria cuida
dos seus animais mas não ao ponto de os considerarem parte da família, como
acontece no ocidente. Mas isso está a mudar. "É possível testemunhar a
convergência de duas tendências," disse à AP Lucius Robert, fundador da
Kairos Coalition, associação que promove o tratamento humano dos animais de
estimação.
Cuong, cujo
cão "Black" foi vendido por 34 euros, segundo informou a polícia,
estima ter perdido 10 animais para os ladrões especializados e promete que
"se apanho algum, espanco-o". Questionado pela AP sobre se seria
capaz de comer um dos seus cãos, abanou a cabeça negativamente com muita
determinação. Mas come carne de cão. "Se quiser, vou a um restaurante".
Fonte: RTP
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Fala serio , como podem fazer isto com um animal tão inocente.Deveria matar e comer também que faz isto com os animais.Nesta hora cade a LEI????
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