sexta-feira, 1 de julho de 2011

ABSURDO! Na China agora é moda pintar cachorros para parecer outros animais



Entrando no Ruowen Pet Spa parece que estamos a ver um concurso canino da máscaras de Halloween. Há uma tartaruga-cão, uma zebra-cão, um homem-aranha-cão, um tigre-cão e até um panda-cão.

Rafael, um pequeno poodle, corre ao longo do cercado como qualquer outro cão, indiferente aos olhares curiosos. O seu pêlo branco-neve foi tingido com verde néon e parcialmente cortado, à exceção de uma parte do dorso, que se assemelha à carapaça de uma tartaruga, conta a Associated Press.

Rafael, assim baptizado em homenagem a uma das tartarugas ninja, é apenas um dos cães tingidos que participam numa exposição naquele spa, localizado no centro da cidade de Pequim e frequentado por cidadãos chineses com poder de compra que aderiram a esta última moda em relação aos animais de estimação.

“Se você sonha com isso, nós conseguimos torná-lo realidade”, diz Sun Ruowen, proprietária do spa, há 10 anos  trabalhando na área dos animais de estimação. A Sun cobra cerca de cinco euros por tingir uma orelha e por volta de 200 para pintar e cortar o pelo do animal em todo o corpo. A maioria dos corantes dura seis meses antes de os pêlos voltarem ao tamanho original.

Outrora proibido pelo Partido Comunista Chinês, nos últimos anos está crescendo os negócios dirigidos aos animais de estimação. Este ano, o ano chinês do Tigre, um grande número de cães tem sido pintados com as cores deste animal. Os cães não estão apenas a ser tingidos, mas verdadeiramente transformados para se parecerem com os animais que os tutores pretendem, diz Sun Ruowen. “Tingir os cães é muito popular em muitos países desenvolvidos como o Japão e a Coreia, mas na China irá ultrapassá-los muito rapidamente”, acrescenta.

Contudo, os médicos veterinários têm vindo a alertar os proprietários dos cães para os efeitos físicos e psicológicos que podem resultar no tingimento do pêlo. “Os donos devem procurar spa's que utilizem corantes naturais para não danificarem o pêlo, nem causar irritação na pele”, explica Tiam Haiyan, que trabalha no Hospital Veterinário de Guanshang, em Pequim. “Em termos psicológicos, cães que não estão habituados a serem o centro da atenção podem reagir de forma negativa a toda esta atenção repentina”.

Blog do Johnnyon

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