sexta-feira, 3 de junho de 2011

Notícia de que tribunal condena cão à morte por "estar amaldiçoado" era falsa




Atualização 20/06/2011: O jornal israelense Maariv pediu desculpas pela publicação de uma notícia que admitiu ser falsa, a de que um tribunal judaico de Jerusalém havia condenado um cachorro à morte por apedrejamento. A notícia, publicada pelo jornal na sexta-feira, foi depois amplamente divulgada pela imprensa israelense e internacional, inclusive a BBC Brasil.
Na retratação, o jornal citou o responsável pelo tribunal que trata de assuntos financeiros do bairro de Mea Shearim, Yehoshua Levin, dizendo que "não há base na lei judaica para abuso de animais". O tribunal emitiu um comunicado dizendo que um cão entrou no recinto, mas negou que ele tenha sido condenado.
Protestos
A reportagem original afirmou que o cachorro havia entrado e permanecido por semanas no tribunal, composto por rabinos, o que fez um juiz lembrar de uma maldição imposta a um advogado secular, já morto.
Ainda segundo o artigo, na ocasião, há cerca de 20 anos, os juízes do tribunal do bairro desejaram que o espírito do advogado entrasse no corpo de um cão, animal tido como impuro no judaísmo tradicional, depois que ele proferiu insultos à corte.
A reportagem disse que o animal teria conseguido fugir. A notícia falsa gerou protestos de associações de defesa dos direitos dos animais.
Fonte: Terra
Veja como a notícia foi postada pelo Correio da Manhã no dia 03/06/2011 e foi reproduzida pelo nosso blog:



O caso, segundo conta o diário ‘Yediot Aharonot, ocorreu na passada quarta-feira quando o cão entrou no tribunal de uma das comunidades ultra ortodoxas do bairro Meã Shearim e se negou a abandoná-lo, apesar das repetidas tentativas dos guardas.
Perante a atitude do cão, um dos juízes recordou que há 20 anos, no mesmo local, os seus antecessores tinham amaldiçoado um advogado cuja alma, ao falecer, deveria ficar encerrada no cão, um animal que a lei religiosa judia considera impuro.
O juiz, cuja identidade não foi revelada, disse ter reconhecido no cão espírito do advogado, que, indignado pela sua maldição, regressou ao tribunal para ser libertado. Os rabis ordenaram, então, apedrejar o animal até a alma sair e ser confirmada a sua morte.
O presidente do tribunal, o rabi Levin, desmentiu que o caso tenha ocorrido, mas um dos guardas confirmou os factos e assegurou que “havia sido dada uma ordem verbal a um grupo de crianças para que o apedrejassem, não como castigo ao animal, mas para libertar a alma do advogado que o atormentava”.
A sorte acabou por bater à porta do cão que, antes da sentença ser aplicada, conseguiu fugir do local e salvar a sua vida. As associações de defesa dos animais já decidiram que vão apresentar uma queixa contra o presidente do tribunal.  
Blog do Johnnyon

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