terça-feira, 18 de outubro de 2011

Belo Horizonte estuda medidas para conter proliferação de gatos em parque da cidade





A Prefeitura de Belo Horizonte anunciou a criação de um grupo que terá a incumbência de elaborar plano contra proliferação de gatos no parque municipal Américo Rennê Giannetti, área verde com 182 mil metros quadrados localizada no centro da capital mineira muito procurada para lazer da população da cidade. Atualmente vivem cerca de 140 gatos no parque, mas essa população vem crescendo.
A comissão será formada por integrantes da área de meio ambiente e parques da prefeitura e um membro de ONG que atua na defesa de animais. Numa primeira fase, eles terão 60 dias para apresentar o estudo e as ações práticas.
Desde a década de 1980 uma colônia de gatos habita o local, mas os dias dos felinos parecem contados em razão de eles estarem causando um desequilíbrio na fauna do parque. Segundo a chefe do Departamento de Parques Centro, Tatiani Cordeiro de Souza, há relação entre o excesso de gatos e uma árvore que caiu no local e matou uma pessoa, em janeiro deste ano.
A causa de sua queda teria sido a infestação de cupins e, por conta da diminuição de pássaros na área verde, caçados e abatidos pelos gatos, os cupins se multiplicaram na ausência do seu predador natural.
“Quando da queda da árvore, técnicos da prefeitura, como engenheiro agrônomo, florestal e um biólogo, indicaram a necessidade de retirada dos gatos do parque porque eles estavam indiretamente ligados ao excesso de pragas”, revelou a dirigente.
De acordo com ela, a maioria dos bichanos é formada por animais domésticos que são abandonados pelos donos no local.
“Essa colônia impacta negativamente na fauna silvestre. Embora os animais sejam alimentados, eles acabam desenvolvendo o instinto de predação, o que reduz a população de pássaros e répteis”, informou.
“Os gatos também sofrem no parque porque não é uma área adequada para a criação de animais domésticos. Eles tomam chuva e ainda podem ser alvo de maus-tratos de pessoas que frequentam o local. Nem todas as pessoas que utilizam o lugar gostam deles”, frisou.
A mulher explicou que ainda não há nenhuma diretriz definida, até porque o grupo ainda não se reuniu, mas ela deixou entrever que campanhas de conscientização voltadas para donos de animais podem ser adotadas.
“Como as pessoas veem que aqui tem gatos, elas acham que o local é adequado para eles. Isso acaba gerando um abandono maior. Ele é um animal que tem de ser cuidado em casa, receber alimentação, as vacinas e atendimento de um veterinário. Não podem ser tratado como se fossem animais silvestres. Muitos abandonam fêmeas prenhas no parque”, afirmou.
Fonte: UOL
Blog do Johnnyon

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