Blog do Johnnyon
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
Livro conta história do cão guia que se tornou símbolo da cidadania no Brasil
Em maio de 2000, a advogada Thays Martinez e o cão-guia Boris, recém-chegados dos Estados Unidos, saíram de casa para trabalhar e… para escrever um importante capítulo da história da luta pela cidadania e inclusão social. Nesse dia, ambos se tornaram protagonistas de uma disputa que durou seis anos com a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), que impediu o acesso dos dois alegando que não era permitido a entrada de animais no local.
A luta de Thays e Boris em defesa dos direitos das pessoas com deficiência visual inspirou duas leis que garantem o acesso de cão-guia em espaços públicos e privados – Estadual e Federal, em 2001 e 2005, respectivamente – e deu origem a uma bela história de amizade e parceria, ricamente descrita no livro “Minha vida com Boris – A comovente história do cão que mudou a vida de sua dona e do Brasil”. Publicada pela Globo Livros, a obra “Minha vida com Boris – A comovente história do cão que mudou a vida de sua dona e do Brasil” – será lançada em 16 de agosto, a partir das 18h30, na Livraria Cultura (Avenida Paulista, 2073 . Conjunto Nacional). Na ocasião também será lançado o audiolivro da obra.
Com uma narrativa envolvente, a biografia Minha vida com Boris – A comovente história do cão que mudou a vida de sua dona e do Brasil detalha o relato de um triunfo da cidadania. No vibrante resgate das memórias, Thays aborda também a profunda amizade com Boris – uma conexão baseada em confiança e cumplicidade que deixa como legado uma comovente história de afeto para além da vida. A obra traz ainda o relato de aspectos que permeiam o dia a dia de pessoas com deficiência visual – a escolha de roupa e maquiagem, a locomoção, as relações interpessoais, a vida no ambiente corporativo, as conquistas profissionais, o aprimoramento pessoal, a faculdade e pós-graduação e a convivência com cães-guia – Boris e Diesel – de personalidades diferentes. Aspectos que, compartilhados com os leitores, transformam-se em um diálogo rico sobre como enfrentar os desafios do dia a dia com posturas inovadoras, bem-humoradas, flexíveis a mudanças e, principalmente, motivadas pela coragem de sempre buscar a superação. Um diálogo inspirador para pessoas com deficiência ou não.
Nos 10 anos em que estiveram juntos, a advogada Thays Martinez e o cão-guia Boris não só converteram a convivência cotidiana em amizade como foram protagonistas de um capítulo importante da defesa da cidadania e inclusão social no Brasil. Em maio de 2000, recém-chegada dos Estados Unidos, a dupla saiu de casa para trabalhar e… para fazer história. Nesse dia, teve início uma disputa que durou seis anos com a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) – que os impediu de entrar nas instalações, alegando que não era permitido a entrada de animais no local. A luta de Thays e Boris em defesa dos direitos das pessoas com deficiência visual inspirou duas leis que hoje garantem o acesso de cão-guia em espaços públicos e privados – Estadual e Federal, em 2001 e 2005, respectivamente – e deu origem a uma bela história de amizade e parceria, ricamente descrita no livro “Minha vida com Boris – A comovente história do cão que mudou a vida de sua dona e do Brasil”.
A obra, publicada pela Globo Livros, contará com uma sessão de autógrafos em 16 de agosto, a partir das 18h30, na Livraria Cultura (Avenida Paulista, 2073 . Conjunto Nacional). Na ocasião, será lançado também o audiolivro da obra.
AUTORA
Thays Martinez
Nascida em São Paulo, em janeiro de 1974, Thays Martinez é formada em Direito pela Universidade de São Paulo (USP). A advogada possui especialização em direito penal e interesses transindividuais; e MBA em Marketing de Serviços. Thays foi conselheira do Conselho Nacional de Assistência Social e membro da comissão de Direitos das Pessoas com Deficiência da OAB. Fundadora e presidente do Iris (Instituto de Responsabilidade e Inclusão Social), a advogada é consultora de empresas e ministra palestras em empresas (públicas e privadas) e em estabelecimentos de ensino, abordando temas como motivação, mudança, inovação e superação; Direito; acessibilidade; e inclusão social. A autora assina os blogs www.eueeles.com.br e www.thaysmartinez.com.br .
BORIS (16/10/1998 . 24/10/2009)
Labrador amarelo, Boris nasceu em Rochester, no Estado do Michigan (Estados Unidos), e passou boa parte da infância em uma escola infantil para humanos – o que viria a justificar sua paixão por crianças e certas excentricidades como gostar de dormir com cobertor e travesseiro. Depois, estudou em escolas de primeira linha, como a tradicional Leader Dogs for the Blind, o que propiciou o convite para trabalhar no Brasil. Tinha por hobby tirar tampas de garrafas e gostava de correr e de beber água de coco. A única superstição era, a cada refeição, deixar um grão de ração em sua vasilha.
FICHA TÉCNICA
Título: Minha vida com Boris – A comovente história do cão que mudou a vida de sua dona e do Brasil
Autora: Thays Martinez
Gênero: Biografia e memória
Páginas: 142
Formato: 20,5 x 13,5 cm
ISBN: 978-85-250-4837-0
Preço: R$ 24, 90
TRECHOS DO LIVRO
Página 9 e 10
(…) “Quando criança, com cinco ou seis anos de idade, eu tinha três grandes sonhos: ter uma bicicleta, um piano e, por fim, um cachorro grande. Até aí, nenhuma novidade. Crianças de todo o mundo vivem pedindo a seus pais essa espécie de trio supremo do desejo infantil. A bicicleta veio aos oito, o piano aos doze. Porém, para realizar meu terceiro desejo, tive de esperar até meus 26 anos. Em abril de 2000, pouco depois da chegada do novo milênio, ganhei um grande cachorro… Boris mudou minha vida. Com ele pude concretizar novas realizações e descobertas. A vida se revelou mais ampla, mais leve e muito mais divertida. O que eu não esperava é que Boris fosse mudar, além da minha, a vida de tantas outras pessoas.”
Página 45
(…) “Lembro-me de uma vez em que estava sozinha com o Boris, seguindo uma rota prede¬finida pelos instrutores, que nos acompanhavam à distância e de bicicleta, interferindo apenas em casos extremos. No dia anterior havia chovido muito e, em determinado trecho, o Boris resolveu empacar. Eu o mandava seguir e nada. Ele teimava em pegar um atalho, e eu insistia para que ele seguisse em frente. Ele queria, a qualquer custo, me fazer subir em um montinho de terra e grama que ficava próximo da rua. Eu, que já estava escolada com as coisas que ele aprontava, fui bem enérgica. Mas ele nada de seguir adiante. Daí, o Boris resolveu me levar para o outro lado. Quando me dei conta, estava dentro do jardim de uma casa. Foi então que chegou Moisés, que havia acompanhado a cena de longe, para es¬clarecer que ali havia uma grande poça de água. Enquanto todos os outros cães passaram pela água, Boris a evitou e ainda me deu uma alternativa. Até hoje acho maravilhoso lembrar o quanto Boris já era um cachorro cuidadoso.”
Página 53
(…) “Naquela manhã de maio o clima ameno combinava perfeitamente com a satisfação que eu sentia por estar retornando ao trabalho com muito mais liberdade. Boris também estava tranquilo e feliz. O que não poderíamos imaginar é que estávamos saindo de casa para fazer história.Quando o primeiro funcionário do Metrô informou que eu não poderia entrar com o Boris, achei quase natural, mas quando ouvi um quarto funcionário dizer que o Jurídico havia mandado o recado que eu não poderia mesmo entrar com o cão, eu simples¬mente não queria acreditar.”
Página 89
(…) “Quando compro roupas também acontece dessa forma. Até prefiro ir sozinha às compras, se bem que às vezes é bem divertido sair para “peruar” com alguma amiga. Sinto todos os detalhes com as mãos, especialmente corte e acabamento. Quanto às cores, lem¬bro-me até hoje delas. São a única lembrança que tenho de quando enxergava. Então, pergunto à vendedora qual é a cor de uma peça. Depois de dizer “verde”, por exemplo, vem a seguinte pergunta: “Que tipo de verde?”. É geralmente nesse momento que vem uma resposta e em seguida uma consulta a outros vendedores ou até clientes da loja, e a interação acaba transformando uma simples venda num momento bem divertido.”
Fonte: www.segs.com.br
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