domingo, 14 de agosto de 2011

Qual é o animal de quem ama os animais?




Ninguém duvida: o cachorro é preferência entre os animais de estimação no Brasil, o país com o segundo maior número de cães no planeta. São cerca de 33 milhões, perdendo apenas para os Estados Unidos, onde vivem 61 milhões. Aqui, depois deles, vêm os gatos e só então os pássaros.
A mesma preferência é observada entre a galera que cuida de bichos, como veterinários e biólogos. Inaiá Sedenho Manoel, do Zoo de São Paulo, não abre mão dele na sua casa, considerando o cão o melhor companheiro do homem, com quem convive desde a pré-história.
Mas há quem curta os exóticos, como Guilherme Domenichelli, dono de lagarto, e Ronaldo Morais, que tem jiboia. Nesse caso, é necessário ter condições para cuidar de bichos tão diferentes, com alimentação e espaço adequados. Afinal, não é fácil encontrar ratinhos para alimentar a cobra; por isso é importante levar o companheiro certo para casa.
Diante de tantas opções, qual é o melhor? Depende do dono. É importante analisar o gosto da família, o local (casa com quintal ou apartamento) e o tempo disponível. Escolher errado pode virar um problemão. Cão grandão, por exemplo, precisa de grande área para se movimentar, faz montes de cocô e xixi. Quem não gosta de barulho vai se dar mal com arara ou papagaio, mas pode se dar bem se escolher a calopsita. O segredo é antes pesquisar bastante seus hábitos.
Se quer interagir com o novo amigo tem de ficar com gato ou cão, porque não dá para inventar brincadeiras com tartaruga, coelho nem passarinho. Eles não exigem muitos cuidados, mas também não dão atenção ao dono.
Jibóia é companheira de Ronaldo
O biólogo Ronaldo Morais, da Estância Santa Luzia, em Mauá, curte a companhia de bichos bem diferentes. Entre seus xodós estão Hugo, jiboia que nasceu em criadouro comercial, Huxlei, salamandra que vive com ele há dez anos, e o camondongo Jô Gordinho. Ainda tem cães, gato e rã africana. Todos vivem em casa (no meio do mato, lógico!), mas cada um tem seu espaço. A cobra alimenta-se de ratinhos e só come uma vez por semana (é assim também na natureza). Os demais recebem ração especial. Na infância, teve periquitos, peixes e quatro aranhas. Hoje, tem muito mais do que isso. E mesmo assim, diz que sempre cabe mais um, como coração de mãe. Afirma não ter medo de nenhum animal, o único ser vivo que o assusta é o piolho.
Estopinha observa Alexandre pelo skype
O zootecnista Alexandre Rossi, o Dr. Pet da TV Record, adotou a cadela vira-lata Estopinha há dois anos e a leva para todo canto. Quando não estão juntos, fala com ela pelo computador. Isso mesmo: Estopinha aprendeu a se comunicar pelo Skype. Quando o dono liga, ela corre para vê-lo e faz tudo o que ele manda. Dr. Pet acredita que os cães são mais felizes quando estão perto do dono e sentem seu cheiro; por isso, deixa-a circular por todos os espaços. Na infância, teve peixe, gato, coelho, hamster, cão, lagarto, tartaruga. "Cuidava tão bem que ganhei crédito com meus pais, que me deixavam ter de tudo." Diz não ter medo de nada, mas não se sente seguro ao lado de urso.
Guilherme cuida de lagarto em casa
O biólogo Guilherme Domenichelli, apresentador do programa Como Cuidar de Seu Melhor Amigo, na TV RáTimBum, curte a companhia do lagarto Liza e da cadela Aika, encontrada na rua. Morador de Santo André, é leitor do Diarinho desde criança, quando começou a colecionar as páginas do Bicho do Mês. Naquela época, tinha canário, periquito, cão, peixe e tartaruga. Todos nunca deram muito trabalho. Hoje Liza exige cuidados específicos: mora numa caixa plástica e tem aquecedor no frio, época em que, come pouquinho, só a cada 15 dias, porque gasta menos energia,
como se ‘estivesse dormindo'. Já no verão, se agita mais e tem de receber comida todos os dias. O animal foi presente de uma amiga, que conhecia seu estranho gosto. "Adoro bichos diferentes", diz. Medo de algum deles? Só de taturana. "Ela me dá arrepio", explica o biólogo, que já foi queimado por uma na infância.
Inaiá só tem medo dos grandes felinos
No Zoológico de São Paulo, onde trabalha, a bióloga Inaiá Sedenho Manoel cuida de bichos de todos os tipos, em casa, sua atenção é voltada a rottweiler Latifa e a pit bull Sofia. Elas dormem no quintal, mas estão sempre perto da dona, que até hoje só escolheu cães e gatos como companheiros. Na infância, ganhou uma calopsita, que está com ela até hoje (essa ave vive, em média, 20 anos). Inaiá acredita que bicho de estimação não pode ser difícil de criar, como os silvestres, que exigem cuidados específicos. Eles dão falsa impressão de pet, segundo a bióloga, que já teve vontade de ter ratinho, mas nunca ousou levá-los para casa. "O cão é, sem dúvida, a melhor companhia. É o que mais entende o homem e está ao lado dele por livre e espontânea vontade." Dos bichos, não tem medo de nenhum, mas demonstra mais respeito pelos grandes felinos, como o tigre.
Cachorros são apaixonados por Luiza Mell
A apresentadora do Estação Pet, na TV Gazeta, Luisa Mell, é dona das labradoras Marley e Gisele e dos vira-latas Dino e Preta, todos adotados. Quando os encontrou, estavam machucados, e demorou para conseguir curá-los. Hoje são considerados como filhos. Quando chega em casa e é recebida por eles, sente-se a pessoa mais amada do mundo. "Transmitem muita alegria", garante. Na infância, não teve bichinho de estimação e apaixonou-se por cães já adulta. Como sua casa é espaçosa, deixa que eles circulem por todos os cantos. Reserva sempre um tempo para brincar com eles e levá-los para passear. Nunca pensou em ter aves ou animais silvestres, pois acredita que isso é o mesmo que condená-los à prisão. Tem pavor de crocodilo e fica em pânico só de pensar em encontrar algum deles na sua frente. Há anos, Luisa defende os animais contra maus-tratos e abandono.

Pode ter animal silvestre?
É moda ter animais diferentes como de estimação, mas só podem viver na casa dos humanos os que são legalizados pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente), entre eles lagarto, jabuti, papagaio, cobra salamanta e, em alguns Estados brasileiros, jiboia. Os permitidos são os que não correm risco de extinção e nascem em cativeiro. Mas como saber que não foram retirados da mata?
O futuro dono não pode comprá-los de quem vende na rua, tem de ser em loja especializada e exigir nota fiscal com número do registro e nome do criadouro. Todos os bichos legalizados recebem um microchip (minúsculo aparelho inserido na pele, com informações sobre ele). No site do Ibama há alguns dos lugares legalizados.
Muitos são vítimas do tráfico. Para conseguir os animais, os caçadores costumam matar os pais e levar o filhote. Transportam-o de forma inadequada, e a maioria morre no caminhou ou chega subnutrido e traumatizado. Pouquíssimos conseguem se adaptar a outro ambiente. Se escapar do novo lar, podem se reproduzir e ocupar o habitat de outros bichos, provocando alterações que podem tirá-lo de lá, transformando-se num invasor.
Saiba mais
Não basta querer ter animal de estimação, tem de ter tempo para cuidar e dar amor, praticando posse responsável. O veterinário Marcelo Gomes, do Zoo de São Bernardo, abriu mão de ter um porque quase não para em casa. Se pudesse, escolheria o cão e a mainá, ave asiática que imita os sons melhor que o papagaio e pode ser criada em cativeiro. Apesar de amar todos os animais, tem medo de abelha, pois é alérgico à picada.
No Brasil, de cada dez cães, um vive nas ruas, abandonado; por isso, há muitas campanhas de adoção. A ideia é adotar um que está à procura de dono, em vez de comprar. Quase não há abrigos e os poucos estão superlotados. A maioria perambula por aí atrás de comida e carinho. Na hora de escolher o seu, observe aquele que mais combina com você, sem querer que seja de raça ou filhotinho. Em geral, os mais velhos são deixados para trás, mas também querem conquistar uma família.
Blog do Johnnyon

Um comentário:

  1. AMO OS ANIMAIS,VOU ME CONFESSAR COM O PADRE E FAZER ESSA PERGUNTA QUE TÁ EMTALADA NA MINHA GARGANTA: O AMOR QUE DEUS TEM PARA COM CADA UM DE NÓS,É O AMOR QUE EU TENHO PARA COM OS ANIMAIS. é pecado? SOU + APEGADA A GATOS. CACHORRO AQUI NA MINHA QUERIDA CAICÒ É UMA RARIDADE VE-LOS SOFRENDO. + GOTOS É DE FAZER DÓ.

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