sábado, 13 de agosto de 2011

Oferecida recompensa para apanhar agressor de uma tartaruga na Flórida‎





Na Flórida está sendo oferecida uma recompensa de mais de US$ 10.000 a quem fornecer informação que permita deter o agressor de uma tartaruga que se recupera de um ferimento de instrumento de pesca na cabeça.
"Sara", uma tartaruga-boba (também conhecida como tartaruga-careta), é ainda jovem, pesa 57 quilos e sua vida já está fora de perigo, apesar de no dia 3 de agosto ter sido resgatada com um ferimento de instrumento de pesca que lhe atravessou a cabeça em um remoto "cayo" (pequena ilha de mangue) do sul do estado da Flórida.
A indignação de quem a recuperou e atendeu em um hospital para animais em perigo de extinção foi tal que eles mesmos decidiram oferecer uma recompensa para encontrar o agressor.
Richie Moretti, fundador do hospital, primeiro ofereceu US$ 500 dólares, depois Tom Luebke, um engenheiro que costuma colaborar como voluntário, forneceu também fundos e, assim, a soma foi subindo à medida que empresas locais, negócios e particulares iam se inteirando do ocorrido.
Inclusive houve quem não ofereceu dinheiro para engrossar a recompensa, mas serviços, de modo que além dos US$ 10.850 em cash que já se acumulam, quem der pistas que levem à detenção do agressor poderá desfrutar também de três sessões de mergulho de graça em uma escola da região.
Outra companhia oferece três saídas de pesca gratuitas e outra oito horas de graça de trabalhos de solda em qualquer lugar da região de Florida Keys.
A jovem tartaruga - à qual é tratada por assim dizer como uma fêmea, apesar de ainda não ter idade suficiente para sabê-lo - pertence a uma espécie (Caretta caretta) em perigo de extinção.
Carnívora e mais bem solitária, a tartaruga-boba gosta da região de Florida Keys para pôr seus ovos, embora sua presença seja muito estendida por diferentes áreas do planeta, entre elas o Mar Mediterrâneo.
Segundo fontes do Hospital de Tartarugas da localidade de Marathon, nos "cayos" do sul da Flórida, Nicholas Borg e seu pai pescavam no dia 3 de agosto quando viram uma tartaruga com dificuldades para subir à superfície para tomar ar.
Viram que tinha um arpão de mais de um metro de comprimento cravado na cabeça, por isso que imediatamente se puseram em contato com a Guarda Costeira.
Quarenta minutos depois a tartaruga estava embarcada a caminho da margem onde lhe esperava uma ambulância de animais que a levou ao hospital especializado de Marathon.
Foi preciso a ajuda de bombeiros para cortar o metal do arpão e tornar mais simples sua transferência.
"A família Borg permaneceu o tempo todo junto a ela e nos explicou que tinham previsto comemorar naquele momento o aniversário da menina da família, Sara. Por isso escolhemos esse nome. Em sua honra", explicou um responsável do hospital em seu blog.
Ali se conseguiu estabilizá-la com antibióticos e foram feitas radiografias, nas quais se pôde ver como o arpão atingiu a glote do animal, que é o que lhe permite respirar sem que lhe entre água nos pulmões.
Na manhã seguinte "Sara" foi operada e o arpão foi retirado, que foi entregue à Comissão de Conservação de Pesca e Vida Silvestre da Flórida como prova na investigação para encontrar o responsável.
Passados alguns dias o animal se recupera, ganhou forças e agora já pode nadar no tanque de observação do hospital.
"Esperamos que se recupere rapidamente. É uma tartaruga com muita, muita sorte", afirmou o porta-voz do hospital, insistindo em que "todas as tartarugas são importantes, portanto estamos muito contentes que esta tenha sobrevivido a tal ato de tremenda crueldade".
Fonte: Terra
Blog do Johnnyon

Nenhum comentário:

Postar um comentário