quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Mulher liga 40 vezes para recolher cão com leishmaniose e não é atendida no Ceará




 A cozinheira Jaqueline Marília de Araújo reclama que, desde que o cachorro da família foi diagnosticado com calazar, liga todos os dias para o Centro de Controle de Zoonoses de Fortaleza para que o animal seja recolhido pela carrocinha, mas até esta quinta (25) nada foi feito. “Já fiz mais de 40 ligações desde segunda-feira”, diz. Segundo ela, o órgão responsável pelo recolhimento informou que “não tem previsão” para pegar o cachorro doente.
Jaqueline conta que o cachorro da raça beagle começou a apresentar os sintomas de calazar há  dois meses e que foi feito um exame em clínica veterinária para comprovar a doença. A mulher não tem carro para transportar o animal até o Centro de Controle de Zoonoses e está preocupada porque a filha de 11 anos convive com o cachorro contaminado.
A coordenação do controle de leishmaniose do Centro de Zoonoses de Fortaleza informou que o prazo de recolhimento de animais examinados pelo Centro e confirmados com calazar é de uma semana. No caso da Jaqueline Marília, que tem o laudo emitido por outro lugar, o prazo se estende por até 20 dias.
Segundo o órgão municipal, quando um animal estiver com suspeita de calazar, deve ser levado e examinado na Regional do bairro, onde há espaços para recolher o material e levar para análise. O tempo total entre o primeiro exame e o recolhimento do animal é de cerca de um mês.
Ceará registra 22 óbitos por calazar este ano
A doença calazar ou leishmaniose visceral pode ser transmitida ao homem através da picada do mosquito flebotomíneo. Os animais infectados com maior grau de importância em relação aos humanos são os cães, os roedores e os próprios humanos. No Ceará, foram registrados 249 casos de pessoas com calazar e 22 óbitos, segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado.
A prática mais utilizada para reduzir o número de casos da leishmaniose é a eutanásia dos cães. Alguns especialistas são contra o procedimento, mas para os Ministérios da Agricultura e da Saúde ainda é o mais indicado. De acordo com o médico Manuel Fonseca, coordenador de Prevenção e Proteção de Doenças do Estado, uma liminar determina que somente animais diagnosticados como terminais e com laudo veterinário que comprove calazar possam ser sacrificados por meio da eutanásia.
Fonte: G1

Atualização: 

Técnicos do Centro de Controle de Zoonoses de Fortaleza recolheram, no início da tarde desta quinta-feira (25), cachorro que foi diagnosticado com calazar na segunda-feira (22), segundo a dona do cão, Jaqueline Marília de Araújo. Ela disse ter ligado mais de 40 de vezes para o Centro para que o cão fosse recolhido. “Só espero que o Tob (nome do cachorro) não sofra”, disse emocionada por telefone ao informar que o cachorro havia sido levado.
Na manhã desta quinta-feira (25), a coordenação do controle de leishmaniose do Centro de Zoonoses de Fortaleza informou que o prazo de recolhimento de animais examinados pelo Centro e confirmados com calazar é de uma semana. No caso da Jaqueline Marília, que teve o laudo veterinário emitido por outro lugar, o prazo seria de até 20 dias.
Doença
A leishmaniose, mais conhecida como calazar, é uma  doença dos animais que pode ser transmitida ao homem através da picada do mosquito flebotomíneo. Os sintomas de calazar nos cães são emagrecimento excessivo, secreção nos olhos, feridas na pele que nunca cicatrizam e crescimento exagerado das unhas.
Nos humanos, os principais sintomas da doença são febre, aumento do volume do fígado e do baço, emagrecimento, complicações cardíacas e circulatórias, desânimo, prostração, apatia e palidez. Quando não tratada no homem, a doença pode evoluir e levar à morte.
Fonte: G1
Blog do Johnnyon

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