terça-feira, 16 de agosto de 2011

Fernando de Noronha (PE) implanta microchips em cães e gatos




Para tentar coibir a entrada irregular e controlar a população de animais, o arquipélago de Fernando de Noronha (PE) iniciou a implantação de microchips em todos os cães e gatos. O processo, iniciado na semana passada, deve durar dois meses e será feito com visita de veterinários em todas as casas da ilha. Após a conclusão, o ingresso de animais será somente controlado de forma eletrônica nos acessos do aeroporto e do porto do arquipélago.
Os microchips são do tamanho de um grão de arroz e são implantados por um processo similar ao de uma vacina. Segundo a Vigilância em Saúde de Fernando de Noronha, a aplicação é subcutânea e indolor. Com o microchip, os cães e gatos passam a ser identificados por meio de um leitor magnético, que vai informar dados como raça e idade dos animais.
Com 2.630 habitantes, Fernando de Noronha tem 732 cães e gatos cadastrados. Segundo o veterinário Fernando Magalhães, responsável pelo projeto de controle por microchip, o número recomendado pelo Ministério da Saúde é de, no máximo, um animal para cada 10 pessoas – hoje esse número é três vezes maior na ilha.
“Desde 2004 um decreto proíbe a entrada de animais no arquipélago. Para ingressar, é preciso autorização assinada pelo administrador da ilha. Mas nós percebemos alguns casos de animais que entram irregularmente. Em 2010, identificamos um ingresso ilegal pelo porto, mas que logo foi cessado”, disse o veterinário.
“Percebemos este ano que donos de animais pediam a autorização para deixar Noronha e ir até Recife com o animal, muitas vezes dizendo que ia a um pet shop, e não o levava, mas voltava com um cão ou gato idêntico. Com o microchip, isso vai acabar, pois se ele não for cadastrado, será apreendido automaticamente”, informou.
Entre 2004, e 2011, muitos foram os indícios de entrada irregular de animais. Um deles foi o aparecimento de cães da raça pitbull, que até então não existiam no arquipélago. “Esses pitbulls acabam procriando, e os donos acabam comercializando esses animais, o que não é proibido. Proibido foi o seu ingresso, mas que agora não ocorrerá mais. Em Noronha, nós temos uma característica peculiar: as casas não têm muros. Isso facilita a identificação dos animais. Mas também não temos animais de rua, todos têm seus donos", informou.

Oito animais para cada 10 casas


Em Fernando de Noronha, quase todas as casas têm um animal de estimação - são 949 residências, com 732 animais. O número de cães e gatos já foi bem maior. Em 2007, eram mais de mil animais. Segundo a Vigilância em Saúde, a população vem sendo reduzida graças ao aumento da fiscalização e aos mutirões de castração que passaram a ser realizados.
“Em 2011 foram contratados mais veterinários e passamos a adotar um programa permanente de castração. Ninguém é obrigado, mas quem quer o serviço, fazemos gratuitamente. O resultado disso leva um tempo, mas essa população está reduzindo sem realizarmos a eutanásia”, disse Fernando Magalhães.
Blog do Johnnyon

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