sexta-feira, 1 de julho de 2011

Música para ouvidos peludos: Musicoterapia em clínicas veterinárias




O veterinário Luciano Bortotto já avisa: “Cachorros e, principalmente gatos, têm ouvidos muito mais sensíveis do que os nossos”. Por isso, barulhos estridentes, som alto, fogos de artifício, apitos e outros podem incomodar e muito os animais.


Em alguns casos, como aqueles em que o bicho sofreu algum distúrbio neurólogico, um som muito forte pode chegar a causar uma convulsão no pet, diz Luciano.


Por isso, diferentes tipos de música podem causar reações variadas nos nossos amigos de quatro patas. E o bacana é que essas reações são consideradas, por uma corrente de especialistas, muito benéficas para a saúde deles.


A musicoterapia - um processo em que o terapeuta usa a música para tratar os pacientes - é uma das opções que, aos poucos, começam a aparecer entre os tratamentos oferecidos pelas clínicas veterinárias.


“No caso dos animais não é diferente. Medo, angústia, nervosismo, estresse, solidão, ansiedade e outros fatores indicarão um possível cliente a ser tratado com essa terapia”, conta Emanuela Bastos, musicoterapeuta que trata de cachorros há nove meses e de equinos há cinco anos.


Ela conta que foi tentando entender melhor o relacionamento entre animais e música, que começou a observar o comportamento dos cães e de seus proprietários.


A partir daí, passou a estudar o uso das notas ritmadas como terapia para animais.


“Se um ser humano pode ser tratado a partir de sua identidade sonoro musical, ou seja, sua relação com este som – sua melodia, harmonia, ritmo, timbre; de onde vem; porquê vem – tendo resultados positivos, vi que isso também poderia ser aplicado aos cães”, relata.
Nos pets, Emanuela conta que seu trabalho principal é a promoção da saúde, buscando o bem-estar do animal e também de seus tutores e cuidadores.


“Um cão pode ser agressivo a uma campanhia por vários motivos: o tímpano agredido por um som muito alto, ou um  trauma de agressão física associado. Cabe aos cuidadores e profissionais investigarem”
Aperta o play /Manuela realiza o seu trabalho em uma clínica em Ribeirão Preto. Assim que o animal chega ele é avaliado pelas médicas veterinárias.
Identificado o problema, ele é encaminhado para a musicoterapia. No tratamento, podem ser usados instrumentos musicais, sons ambientes e também uma seleção musical. 
“Não exisite música ruim”, avisa Emanuela. “Existe quem gosta ou não destas. A música, quando escutada com prazer, libera endorfina proporcionando o bem-estar, porém nos animais isto fica mais claro”, diz.
A teraupeta deixa bem claro que não existe uma receita pronta para tratar os animais, porém dá um exemplo de um set list que poderia ser usado em um determinado caso: “Em um cão extremamente agitado e ansioso, por exemplo, começamos com Straus. Quando percebemos que o som encontrou o ritmo da emoção do paciente, então mudamos para algo mais adequado, como Enya, das mais agitas para as mais tranquilas”.
Ela reforça que o “gosto musical” depende muito da vida que o cachorro leva. Um cãozinho que mora com um dono que é fã de rap, poderá ficar mais à vontade escutando Emicida, por exemplo.


Só para gatosJá está no quarto volume o CD  “Music for Cats and Friends” (MMC Media). São músicas feitas especialmente para acalmar os felinos. O  grupo que produz esse trabalho faz a pesquisa desde 1999.


Ele afirma que os resultados positivos dessas canções foram comprovados por estudos relacionados à psicologia animal e também pela satisfação da clientela ao redor do mundo.


No site da Amazon.com, onde o disco pode ser encomendado no exterior, há críticas positivas, porém, um dos clientes diz “Eu adorei, apesar do meu gato não ligar muito”. 


Mais informações sobre essa produção você encontra nesse site: www.petsandmusic.com. As canções também estão disponívels no iTunes. No YouTube é fácil encontrar uma série de vídeos que mostram felinos reagindo à músicas e sons. Vale a pena conferir e se divertir um pouco.


Set list que o BOM DIA levou para Lola:
A golden retriever não mostrou muito interesse pela seleção musical feita pelo BOM DIA. Agitada com as visitas da repórter e da fotógrafa, Lola queria mais era brincar e fazer festinha. Porém, pequenas reações distintas foram notadas em cada faixa tocada:
- "Pet Reflections ", do CD "Music Pets Love: While You Are Gone"
Lola pareceu ficar um pouco mais calma enquanto ouvia a faixa desse álbum feito especialmente para os animais.
- "Symphony 40", de Mozart
Apesar de ter levado um pequeno susto quando a música começou, durante o restante da execução, ela não deu a menor bola para uma das composições mais clássicas da história da arte
- "Oração", da Banda Mais Bonita da Cidade
O que acontecia ao redor era muito mais interessante para Lola do que o som que embalou o sucesso meteórico da banda curitibana no YouTube
- "Judas", de Lady Gaga
Quando o hit da "mãe monstro" começou a tocar, Lola ameaçou uma leve mordida no bolso traseiro da calça da repórter onde estava o aparelho sonoro, no caso um iPhone, transmitindo a música. Concluímos que a cachorra não é fã de Lady Gaga.
Fonte: Rede Bom dia
Blog do Johnnyon

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