quinta-feira, 23 de junho de 2011

Aves apreendidas pela Polícia Federal podem ter chance de sobrevivência



A homologação da criação do canário venezuelano, o Sicalis valida,pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), regulamentando a reprodução em criadouros, é uma das medidas que pode evitar o sacrifício das 270 aves exóticas apreendidas na última segunda-feira (20), pela Polícia Federal, quando um cearense tentava embarcar para o Nordeste com os animais em duas caixas de papelão.
É o que afirma o presidente da Associação Nacional dos Criadores e Proprietários de Animais Silvestres e Exóticos (Anapass), Clóvis Pereira Neves, que disse estar disposto a encontrar uma solução para o impasse e evitar a morte dos pássaros. “Temos muitos criadouros cadastrados pelo Brasil. O que falta é a homologação para criar esses pássaros como exóticos dentro da lei. Não faz sentido colocá-los em uma gaiola e esperar que morram”, disse.
Ontem, o superintendente do Ibama no Amazonas, Mário Lúcio Reis, informou que o órgão já entrou em contato com as outras superintendências estaduais, em busca de criadouros credenciados para receber os animais. As aves estão em gaiolas na sede do Ibama em Manaus. “Estamos esperando um retorno dos outros Ibama, porque no Amazonas os criadouros estão todos lotados. Além disso, estamos buscando, por intermédio do governo brasileiro, uma solução para esse problema por meio da repatriação das aves. Mas isso tem um alto custo e depende do interesse do governo venezuelano, que ainda não se posicionou a respeito.”
Reis explicou que as aves apreendidas - uma maioria de canários venezuelanos e alguns pintassilgos e rouxinóis - não podem ser simplesmente soltos na floresta local, pois isso caracterizaria crime de introdução ilegal de fauna na natureza, além de comprometer o desenvolvimento das aves nacionais. “Eles podem levar outras espécies nativas à extinção, além de trazer à nossa fauna doenças que não existem aqui”, analisa.
Outro obstáculo à soltura desses animais na fauna brasileira, segundo Clóvis Neves, é o desaparecimento do canário brasileiro, o Sicalis flaveola.
“Apesar de todos serem canários, o valida é dominante sobre o flaveola e, por isso, ele mata os machos para cruzar com as fêmeas e gerar filhotes híbridos, como já aconteceu em Minas Gerais e no Distrito Federal. Em alguns estados, os canários brasileiros já não são mais encontrados.”
GPA repudia eutanásia de 34 cães
Uma nota de repúdio da Organização Não Governamental (ONG) Grupo de Proteção aos Animais (GPA) contra a eutanásia de 34 animais pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) na semana passada, está circulando pela Internet.
Os “cachorreiros”, como são chamados os membros do GPA, criticam a medida adotada pela prefeitura para tentar controlar a população de animais de rua e que, segundo a ONG, vem se tornando uma prática desde o início da atual gestão do prefeito Amazonino Mendes, em 2009.
A vice-presidente do GPA, Érika Schloemp, lamentou a decisão tomada pela direção do CCZ, que além de ser uma medida retrógrada ainda prejudica um projeto da ONG em andamento no Centro da cidade, onde esses animais foram capturados. O projeto “Cães do Largo” já encontrou donos para 15 cães.
“Nesse projeto, recolhemos e cuidamos desses animais até encontrar donos para eles. E o CCZ tem conhecimento do nosso projeto. Essa medida foi muito anti-ética. Em vez de apoiar nosso trabalho, eles estão atrapalhando.”
Érika disse ter procurado o CCZ para saber o motivo da eutanásia dos animais apreendidos no Centro, todos de uma vez, na semana passada. E a resposta não a convenceu. “A desculpa deles é que estava chegando o feriado e não teria funcionários para cuidar desses animais. É uma regressão voltar a se basear em uma lei municipal ultrapassada, que prevê a eutanásia em 72 horas.”
A diretora do CCZ, Simone Lima, não foi localizada por meio do 8113-68XX.
Fonte: A crítica
Blog do Johnnyon

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